segunda-feira, 2 de julho de 2007

A FAMÍLIA BELTRÃO DO PARANÁ - 2ª Parte

DR. FRANCISCO DA CUNHA MACHADO BELTRÃO -ROSA BRANCA GUTIERREZ BELTRÃO, em 1872, deram origem à atual Família Beltrão do Paraná.

F.1 - Francisco Gutierrez Beltrão nascido em Paranaguá, a 6 de novembro de 1875. Engenheiro Civil diplomado em 1897, pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Foi Deputado Estadual e, mais de uma vez, Secretário de Obras Públicas do Governo do Paraná, tendo além disso prestado inestimáveis serviços da natureza técnica ao Estado. Comissão de limites Paraná - Santa Catarina, Comissariado de Terras, Cadastros, etc..
Diretor Presidente da Sociedade Técnica e Colonizadora Engenheiro Beltrão Ltda., em sua homenagem foram dadas as denominações de Engenheiro Beltrão e Francisco Beltrão, aos municípios localizados no Estado do Paraná. Foi um dos fundadores da Universidade do Paraná e um dos componentes do primeiro corpo docente de sua Faculdade de Engenharia. Faleceu em Ponta Grossa, a 29 de maio de 1939. Casou-se com dona Lavinia Trevisani Beltrão, naturasl da cidade de Palmeira, filha do médico Dr. Francisco Lucas Trevisani, nascido na cidade de Modona na Itália, em 22 de julho de 1850, e de sua mulher dona Anna dos Santos Trevisani. Era neta pela parte paterna de Antonio Trevisani e de sua mulher Maria Maselli. Por seu avô Antonio Trevisani era bisneta de Rynaldo Lucas Trevisani e de sua mulher Carlota Bonaaini. Faleceu no ano de 1914.

Filhos:

N- 1 - Jacyra Trevisani Beltrão, nascida em Palmeira, a 29 de setembro de 1901. Professora de Piano pelo Instituto Mensing do Paraná e fundadora da Escola de Música do Paraná. Foi casada com Armando Barros de Oliveira Lima (falecido) de cujo consórcio houve a seguinte descendência:
Bn 1 - Eny, falecida na infância.
Bn 2 - Leny Eschholz, nascida em Curitiba, a 14 de fevereiro de 1925. Foi casada com o Cirurgião Dentista do Exército João Otto Eschholz (falecido), natural dse Curitiba e filho de Guilherme e Edvkirgs Eschholz.
Tn1 - Beatriz Moreski, casada com Heliton Moreski.
Bn 3 - Lygia Bergonse, nascida em Curitiba, a 4 de janeiro de 1927. Casada com Carlos Bergonse (falecido) filho de Aníbal e Helena Bergonse.
Tn2 - Maurício Bergonse, casado com Cacilda Muniz Bergonse.
Bn 4 - Murilo Beltrão Oliveira Lima, nascido em Curitiba, a 23 de julho de 1928. Casado com Clotilde Espínola de Oliveira Lima.
Tn3- Tais Espínola de Oliveira Lima.
Tn4- Laura Espínola de Oliveira Lima.
Tn5- Murilo Espínola de Oliveira Lima.
Tn6- Paulo Afonso Espínola de Oliveira Lima.
Tn7- André Luiz Espínola de Oliveira Lima.
Bn 5 - Ema Lima Foester, nascida em Curitiba a 13 de abril de 1930 e falecida em Curitiba a 11 de dezembro de 1974. Era casada com o Cirurgião Dentista Edmundo Afonso Foester, natural de Filho de Albino e Guilhermina Foester.
Tn8- Edna Mara Foester Bianchini, casada com Antonio Ernesto Bianchini.
N2- Ari Francisco Trevisani Beltrão, falecido na infância.
Pg 2 - cont.

A FAMÍLIA BELTRÃO DO PARANÁ

Dados extraídos de um trabalho
Elaborado em 1953, pelo General
Kival da Cunha Medeiros.
Reorganizado em 1982, mediante pesquisa feita por
Regina Medeiros Pacheco,
com a colaboração valiosa dos próprios membros da família.
O Desembargador Francisco da Cunha Machado Beltrão, natural de Pernambuco, foi, em época relativamente recente, o fundador da família de seu ilustre nome, no Paraná.
Nascido naquela então Província a 17 de outubro de 1845, era filho do industrial, bacharel Pedro Bezerra de Araújo Beltrão, e de sua mulher Alexandrina da Cunha Machado Pedrosa Beltrão, de tradicionais famílias da aristocrasia rural pernambucana.
Tem a família BELTRÃO raízes profundas nos vários Estados do nordeste do Brasil,porem na ascendência do varão augusto a quem ora prestamos esta homenagem, só encontramos portadores desse apelido até a terceira geração, na pessoa de sua bisavó , dona Maria Carneiro de Souza Beltrão, casada com Laurentino Gomes da Cunha. Não encontramos os nomes dos ascendentes dessa senhora, mas do que fica dito conclui-se ter vindo através de sua pessoa, às posteriores gerações, o nome de que era portadora, uma vez que o seu marido não o possuia.
Ainda subindo pela linha materna da ascendência do Desembargador Beltrão, vamos encontrar, em Pernambuco, a 11ª geração, no casal Domingos Monteiro de Oliveira - Maria Dias Vieira, portugueses naturais do bispado de Porto.
Da "Nobiliarquia Pernambucana", de Borges da Fonseca, à página 76 e seguintes do I volume, transcrevemos para ilustração o seguinte trecho, em o "Título dos Monteiros".
"Esta família, que se tem conservado limpa e se acha hoje ( no século XVIII ) com bastante nobreza e luzimento, teve princípio em Domingos Monteiro de Oliveira, a que acho assinando termo de Irmão de Misericórdia de Olinda a 3 de Junho de 1757 ¹(e dêle consta que era natural de Ancedo, bispado de Porto e filho de Agostinho de Oliveira e de sua mulher Maria Monteiro. Foi casado com Maria Dias Vieira, natural do mesmo bispado do Porto".
Bacharelado em Direito pela Faculdade de Recife em 1869, foi em 1871 para o Paraná como Juiz Municipal de Paranaguá, cargo que sucessivamente exerceu em Curitiba e no Jardim de Ceridó ( Rio Grande do Norte ), para onde o levaram presumivelmente injunções políticas do regime monárquico. E retornando ao Sul do país em 1885, foi Juiz de Direito em várias comarcas dos Estados do Paraná e Santa Catarina, no último dos quais se aposentou como Desembargador do Superior Tribunal de Justiça, em 1897.
Encerrada desse modo a sua carreira na Magistratura, voltou a residir em Curitiba, dedicando-se a advocacia e a política, em virtude de cuja atividade ocupava a cadeira presidencial do Congresso Estadual do Paraná quando sucumbiu vítima de colapso cardiáco, em plena sessão do dia 18 de março de 1903.
Casara-se o Desembargador Francisco Beltrão, em Paranaguá, no ano de 1872, com dona Rosa Branca Correia Gutierrez Beltrão, nascida em Montevidéo a 1º de Janeiro de 1858, falecida em Curitiba a 1º de Novembro de 1920 . Era filha de Dr. Alexandre Gutierrez, uruguaio, natural de Montevidéo, lá falecido a 19 de abril de 1868 como Diretor dos Correios de seu país, de sua mulher dona Guilhermina Correia de Gutierrez, brasileira, natural de Paranaguá, descendente de tradicional família paranaense.
O Dr. Alexandre Gutierrez era filho do médico espanhol Dr. Juan Gutierrez, natural de Andaluzia e de sua mulher, dona Lourença Mujica de família uruguaia, e exercia, ao casar-se no Paraná, o cargo de cônsul de seu país em Paranaguá. Sua Mulher, dona Guilhermina, nascida nessa cidade a 1º de maio de 1837, era filha do Tenente Coronel Manoel Francisco Correia e de sua mulher dona Joaquina Maria de Ascenção Correia, descendente remota do capitão-mor de Paranaguá, João Rodrigues de França, sobre o qual diz Francisco Negrão, no III volume de sua obra "Genealogia Paranaense", página 3, o seguinte, em o "Titulo Rodrigues de França":- "Teve origem esta importante família, no Paraná, no Capitão-Mor de Paranaguá, João Rodrigues de França , que aí casou-se com Francisca Pinheiro. A 19 de Janeiro de 1711, sua Patente de Capitão-Mor foi confirmada por El Rei Dom João V . Faleceu em 1715. Foi o último Lugar-Tenente do Donatário Marquês de Cascais, visto ter este, a 19 de setembro de 1711, feito a venda de sua Capitânia à Coroa, na qualidade de herdeiro de Pedro Lopes de Souza. Donatário a quem fôra feita a doação da Capitânia em 1534".
Conclui-se do que fica dito, estenderem-se a grande profundidade as raízes genuinamente brasileiras das duas importantes famílias que, pelo consòrcio FRANCISCO DA CUNHA MACHADO BELTRÃO - ROSA BRANCA CORREIA GUTIERREZ em 1872, deram origem à atual Família Beltrão do Paraná.
Excluindo os filhos falecidos na infância, aqui deixamos consignada a descendência do casal: